SYSTEM OF A DOWN – “CELEBRATING LIFE THROUGH DEATH”
14/05/2025 - SÃO PAULO/SP
O último show do System Of A Down da turnê "Wake Up" na América Latina, em Interlagos, foi insano, emocionante e histórico.
Eu estava ansioso para ver o show, pois seria o primeiro show internacional que minha sobrinha veria. A emoção começou já na entrada: depois de conferir os ingressos, descemos, e o acesso ao local do show é pela curva do S do Senna. Para um fã de automobilismo como eu, é emocionante passar ali.
As bandas de abertura, Ego Kill Talent e AFI, fizeram bons shows e aqueceram o público para o que viria.
O show do System Of A Down teve muita entrega. A abertura com a musica X já mostrou o caos que seria. A banda, formada por Serj Tankian (vocal), Daron Malakian (guitarra), Shavo Odadjian (baixo) e John Dolmayan (bateria), foi perfeita no palco, comunicou-se com o público na medida certa e trouxe músicas a mais no setlist, tornando o show o maior da turnê, que fechou com sucesso inquestionável a passagem pela América Latina, segundo a produtora 500.000 pessoas assistiram ao shows.
O público foi um show à parte. Em Aerials o público cantou junto. Tinha fã fantasiado (vi um de Jesus!), e sinalizadores foram acesos durante o show inteiro. As rodas se formavam por todos os lados, o público vibrava com cada música, e a banda devolvia com energia, executando as canções.
Apos Chop Suey! A banda toca Lost in Hollywood (com trecho de “Careless Whisper”, de George Michael) surpreendendo o público.
Lonely Day foi outra que o público cantou em coro e minha sobrinha cantou e frizou que é a musica dela.
Teve gente sendo socorrida, pois havia muita gente: 70.000 pessoas lotaram o espaço destinado ao show. A cada roda que abria, vinha a onda de empurrões e fumaça de sinalizadores. A pista era um caos, bombeiros jogavam água para apagar os sinalizadores, e o público pedia mais. Antes da musica Cigarro, houve coro com "Ei Bolsonaro vai tomar no cu". A banda despejou todos os hits esperados, e o público respondeu. Ao fim, o guitarrista Daron Malakian, antes da esperada Toxicity, pediu ao público para incendiar o que já estava em chamas. Aí foi histórico: rodas enormes abriram, e muitos sinalizadores foram acesos. Não teve como não entrar nas rodas, em Sugar estava insano, só via fogo e o povo agitando na roda.
Terminar o show numa roda junto com minha sobrinha, onde ela se divertiu, fez amizades (uma turma que veio em excursão de Paulínia), sentiu-se representada pelas músicas da banda, incluída em algo, e pôde extravasar sua alegria em meio a desconhecidos em uma roda, onde todos terminaram vibrando, foi incrível.
O rock sobrevive nisso: na emoção, por ser político, crítico, por arrastar paixões para uma pista de show, pelas amizades que se criam. Foi insano, emocionante e histórico.
O brilho no olhar da minha sobrinha é a chama que o rock acende, e minha tarefa de acompanhá-la em um show foi bem cumprida...
Que noite!
Set List:
1. X
2. Attack
3. Suite-Pee
4. Prison Song
5. Violent Pornography
6. Aerials
7. Mr. Jack
8. I-E-A-I-A-I-O
9. Genocidal Humanoidz
10. A.D.D.
11. 36
12. Pictures
13. Highway Song
14. Needles
15. Deer Dance
16. Soldier Side – Intro
17. Soldier Side
18. B.Y.O.B.
19. Radio/Video
20. Bubbles
21. Dreaming (somente o breakdown)
22. Hypnotize
23. ATWA
24. Bounce
25. Suggestions
26. Psycho
27. Chop Suey!
28. Lost in Hollywood (com trecho de “Careless Whisper”, de George Michael)
29. Lonely Day
30. Streamline
31. Mind
32. Spiders
33. Forest
34. Cigaro
35. War?
36. Roulette
37. Toxicity
38. Sugar